A industrialização da felicidade

No início era uma produto/serviço gratuito e espontâneo … não era uma meta e nem tinha promoção … cada um encontrava-o de maneira que podia e queria. Posso até dizer que as vezes aparecia do nada … o resultado era uma satisfação inexplicável.

Mas quem é um pouco da muito tempo, sabe que a chegada da Dona Internet digitalizou muita coisa, e no caso da felicidade ela industrializou … a internet fez e tenta fazer da felicidade um Commodity, as consequências disso são óbvias e “hoje normais” e não é algo invisível! se saíres de casa ao mar para apreciar a vista e ouvir as ondas, verás que antes de chegares ao mar já tem um monte de Thumbnails, Stories e Reels a empacotarem a felicidade com: Segredos para ser uma pessoa feliz ou 5 passos para ter autocontrole emocional .. e por ai vai. Muitas vezes carregamos esses pacotes antes de chegar ao mar e vamos nos habituando a não ouvir as ondas, a não ver as gaivotas, a não pisar a areia e a não sentir o sol e nem perceber a linha do horizonte …

Este é um mercado que não para de crescer … uma certeza que tenho é que as ondas do mar não podem ser empacotadas.

Ell Puto Music Experience: a audiência é que decide se foi uma experiência

Tive a oportunidade de trabalhar no Ellputo Music Experience como Creative Strategist, apesar de estar ao lado de uma equipa criativa e talentosa, achei que este projecto só seria uma experiência se a audiência o quisesse. E só saberíamos isso a 30 de Julho (Dia da Live).

Este evento não foi “apenas uma Live” foi a apresentação de um novo posicionamento do Ellputo e novas músicas (The Next Chapter). Razão para prever algum desconforto? Sim! Mas a resposta está com a audiência (Esta foi a lição).

2 min depois de um Set de 50 min, lá estava a audiência a mostrar que aquilo era uma experiência, não eram apenas muitos views, likes e shares. Eram muitas pessoas de todo o mundo a dançar, fotografar suas bebidas e a conversar com amigos como se de um NightClub se tratasse.

A audiência decidiu que aquilo era uma experiência, e nós como estrategas, criativos, business and production crew não tínhamos (não temos) esse poder. 

As experiências são decididas e aprovadas pela a audiência. Ell Puto Music Experience teve essa aprovação. 

O Episódio 2 vem aí. Prepara-te para conectar-se.

Palavras vazias: o legado do Marketing de urgência

Dos Slogans às Campanhas, é perceptível a desconexão entre o que as marcas dizem e o que fazem no dia-a-dia. 

O Storytelling deixou de ser uma técnica para empacotar as histórias e passou a ser a história. Para as marcas tudo deve ser uma história!

Isso guiou-nos ao estágio actual, onde as marcas falam de coisas que não fazem e não praticam. A urgência de falar e de querer ocupar um lugar na mesa da audiência é um dos motivos para as Palavras Vazias.

Ninguém questiona se o que estamos a dizer é o que realmente fazemos. As marcas estão a tornar-se naquele amigo que diz: Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço.

Uma das formas de diferenciar-se no meio desta mesmice, é a criação de um universo próprio da marca e uma estratégia de comunicação mais horizontal. Procurar evitar ser a marca que tudo sabe e que tudo diz, e passar a ser a marca que cria debates para soluções conjuntas.

Organizações e COVID: Da cultura do retiro a cultura do distanciamento

Imagem: Freepik

Não há nenhuma novidade em dizer que a COVID-19 testou a capacidade de adaptação e de inovação nas organizações, a “novidade” é perceber que a COVID expos e desafiou várias organizações que confundiam a CULTURA ORGANIZACIONAL com actividades externas que proporcionam lazer fora do trabalho.

O antigo “Normal” morreu e a COVID impôs “Um novo normal” e todos retiros, team building e actividades externas deixaram de fazer sentido por algum tempo, foi onde aprendemos que uma das maiores inovações que uma organização pode fazer é investir na cultura, nas pessoas e na coreografia para essas pessoas.

As organizações cuja as lideranças praticam lei de Lavoisier: “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, foram as que conseguiram adaptar-se e não olhar o “Novo normal” como novo, mas sim como uma oportunidade para redefinição. Essas organizações conseguiram evitar e gerir DIGITAL FATIGUE, entenderam que o novo retiro era o isolamento/distanciamento criado pelo WORK FROM HOME e criaram condições para seus colaboradores não sentissem saudades de um retiro empresarial, mas sim encontrassem dentro das suas casas tranquilidade, qualidade de vida e equilíbrio emocional.

A nível organizacional olho para a COVID-19 como uma vilã, que no final do filme irá fazer parte do lado “bom” da história.

Escrever em Changana para o Inglês ver

Na verdade não é em Changana, mas em qualquer outra língua local.

Toda a comunicação que pretende ser compreendida pelo receptor comum, deve ater-se ao clichê do Meio, Mensagem e Formato. Esta abordagem torna-se uma obrigação quando procuramos comunicar com uma comunidade mais oral como a nossa.

Não é de hoje que vemos uma busca incessante pelo sabor e toque “Local” nas comunicações, que até ignora-se completamente a audiência. Um exemplo disso, são as mensagens (longas) escritas em língua local em meios que deviam levar mensagens universais, Por Ex: Um sinal que diz: não deitar o lixo na praia ou no chão no lugar de: “Makweru unga txukumeti a nsila a hansi ou a lwandle, txela ka bhakiti”. (Escrevi como falo*)

Acredito pouco que o idioma local é actualmente a melhor solução para materiais de comunicação que vão para todos os públicos, numa comunidade que cria relações de proximidade pela voz e imagem. Não é a toa que a Bíblia é mais baixada que Mhala Mhala.

Escrever em língua local, mensagens que deviam ser em linguagem universal é o que chamo de: Escrever em Changana para o Inglês ver.

Khanimambo!

É importante perder-se para encontrar-se

Na busca do equilíbrio na vida, é importante perder-se. Temos a tendência de querer estar sob o controlo da nossa personalidade, acções e destino. Este esforço, além de desgastante limita-nos a não experimentar o desconhecido.

O desconhecido é importante para que possamos perder-nos, e chegar ao conhecido. Não encontra-se a luz estando iluminado, encontra-se estando na escuridão.

Sua música sua personalidade

Há 48h atrás, escutei um álbum que não escutava faz 3 anos, dos Racionais MC. Foi uma sensação nostálgica, não pelas rimas e mensagem, mas por perceber que a música define a nossa personalidade.

Eu já sabia que existem estudos que sustentam essa conexão da música com a nossa personalidade, já vivo com a inteligência artificial do Youtube e outras plataformas recomendando estilos musicais com base na minha personalidade. Mas ter escutado voluntariamente um álbum que foi importante na minha vida, mostrou-me que somos feitos de música. Somos o que escutamos principalmente em momentos de construção de crenças.

A música pode tornar-te forte, independente e conhecedor de vários mundos. Escuta mais música.

Escapando da pressão dos Pais

Estamos sobre pressão .. repito estamos sobre pressão … câmbio! consegue ouvir-me?

Sim! o amor e expectativas que os nossos pais tem por nós, está a pressionar-nos! muitos de nós não esperava por isto, pois ter uma cama bem feita, roupa lavada, comida na mesa e escola paga, foi sempre um processo natural da vida. Nunca nenhum de nós, pensou que isso fosse um depósito à prazo, por parte dos nossos pais.

A verdade é que nossos pais, depositaram dinheiro, atenção e expectativas em nós. Se você não descobriu isso até hoje, pode preparar-se para enfrentar dias negros, onde as conversas são do tipo: “filho de x já está a trabalhar”, “já falaste com tia ou tio y para ver algo?”, “tens alguma ideia com aquele terreno?”, “não terminas as cadeiras porque?”, “vais viver de fotografia?”… e por ai vai.

Escapar desta pressão, não é tão difícil quanto parece, mas, é perigoso e requer dar passos antecipados. Uma das técnicas para não cair nestas pressões, é ajudar financeiramente na sua família, pagar e comprar o que os teus pais deviam comprar e pagar, iniciar as conversas sobre planos do futuro antes de ser questionado, apresentar provas de progresso e tomar controlo da sua vida.

Não são os seus pais que tem problemas, és tu que não estas no controlo da sua vida.

Não é todo o mundo

Todo o negócio que diz-se servir a todos, na verdade não serve a ninguém. Um produto ou serviço tem de ter um público limitado, e quanto mais cedo descobrir um nicho, melhor servirá.

Mesmo o pão, que parece ser um produto de primeira necessidade, tem suas sub-categorias para servir um nicho (Ex: Pão Integral).

Um exemplo de nicho é o fotógrafo Platon , que é globalmente conhecido por Portrait & Documentary Photography. No entanto, isto não impede-o de fazer fotografia publicitária e outros tipos.

Encontre um nicho, e tenha um negócio mais fluído.

 

Um planeta com mutações imprevisíveis

Triste saber que agredimos a natureza, de tal maneira que as máquinas de previsão de tempo não conseguem “prever” as mutações do clima, os grandes rios tornaram-se valas e o capim já nem consegue ficar verde .. fica entre amarelo e verde.

É como se a natureza tivesse um truque escondido em cada acção que leva a cabo. Ontem foi aquele desfile e hoje temos sol (nos tempos da minha avó não era assim). Se acontecesse esse tipo de coisa iam aos régulos e médicos tradicionais (para falar com os espíritos da natureza) como quem diz: Isso não é normal, resolvam-lá isto. E nós achamos normal esse lifestyle.

Cuidar do planeta, não é uma opção é uma obrigação para quem pretende sobreviver e garantir que as próximas gerações tenham uma vida limpa e sustentável neste lugar.

Vamos plantar mais árvores, deitar menos lixo no chão, reciclar mais e perceber que o que vem acontecendo nos últimos tempos não é normal.

A ni tsakanga va nduena. Let’s do something about this.

#climatechange #saveourplanet