Dá para melhorar a Monalisa

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Partindo do princípio de que o processo criativo é uma jornada e não um destino. Há espaço para melhorar a maravilhosa obra Monalisa. 

A questão é: a quem interessa melhorar Monalisa … creio que Da Vinci hoje diria: há muita coisa que ia melhorar ou mudar (como proprietário) … mas nós a audiência temos essa sensação, nos interessa ter outra versão da Monalisa? 

Vejo assim o processo criativo, uma dança que há um dado momento tem que parar para dar vida a obra que a audiência quer apreciar, mesmo quando o autor ainda tem algo por melhorar. 

O futuro é definitivamente um bom lugar para melhorar as coisas, nesse caso a Monalisa pode ser sempre melhorada no futuro através de uma outra obra, essa é a minha crença sobre melhorar criativamente.

O preço da evolução

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Queria eu que não tivesse um preço .. mas se não tivesse seria uma evolução? Talvez Darwin saiba responder melhor.

Nos últimos dois meses tenho observado os factores que influenciam a nossa evolução e chego a conclusão (óbvia) de que nenhuma evolução é gratuita e muito menos natural, é preciso um impulso e preço para chegar-se a outro estágio.

A evolução é desconfortável, gera dúvidas, é cansativa e por vezes é preciso permitir-se perder ou não avançar no meio dela … mas no fim do dia vale a pena pagar o preço.

… talvez porque a Apple não inspira-se em ninguém

FILE PHOTO: Customers walk past an Apple logo inside of an Apple store at Grand Central Station in New York, U.S., August 1, 2018. REUTERS/Lucas Jackson/File Photo

Para quem usa e para quem não, sabe que a Apple é uma das marcas mais poderosas no mundo. A marca é sempre usada como referência por outras marcas. Todas as marcas QUEREM SER COMO A APPLE …

No entanto há um segredo óbvio para a Apple ser como a Apple, e há uma frase que reforça isso:

“Qualquer outra empresa mataria pelo sucesso do iPod, mas a Apple matou o iPod para ter o iPhone” – Polymater (The Grand Theory Of Apple)

Definitivamente acredito que o sucesso da Apple vem da sua visão de não inspirar-se em “ninguém”, de tomar decisões um pouco egoístas, de não explicar bastante e se possível matar o seu próprio sucesso para criar a próxima “grande coisa”, de perceber que inovar significa construir uma narrativa forte onde os produtos possam ser sustentados.

É comum ouvir que os novos produtos da Apple não tem inovação nenhuma, ou a concorrente já tinha antes, ou ver a Apple a remover uma funcionalidade “crucial” e mesmo assim criar buzz e redefinir a forma como usamos os produtos.

Isso faz da Apple Apple … e este é um preço que nenhuma outra marca ousa pagar.

O influencer é o palco e não o produto

Diariamente marcas procuram “Influencers” para representar seus produtos e serviços. Dentre vários critérios para definir o melhor influencer, as marcas apostam mais na popularidade (que muitas vezes não é poder de influenciar “engajamento”), mas sim a capacidade de expor o produto ou serviço (alcance).
 
 
Algo que tenho percebido, é que as marcas raramente definem a coreografia entre o influencer e o produto, o que muitas vezes acaba tornando o produto um palco para o influencer actuar e brilhar, pois o influencer já vem com ansiedade de popularizar-se e o produto fica para o segundo plano na mensagem.
 
 
O resultado desta ausência de coreografia, é visível nos comentários do Branded/Sponsored Content que o influencer cria, o que temos visto são aplausos ao influencer e não ao produto, marca ou ao universo verbal/visual do produto.
 
O Influencer é o palco e não o produto. O produto é que deve brilhar.

O produto como veículo e não mensagem

Houve tempos que o produto era o centro da história de uma publicidade, toda a mensagem era voltada para exaltar as qualidades do produto, hoje com a proliferação de produtos similares com quase mesmos ingredientes e processo de produção quase iguais, a diferença de um produto A com B é bem tênue.

Creio que transformar o produto em veículo, para comunicar algo que vai além da composição deste é o futuro (presente) da publicidade.

Por exemplo, uma publicidade de cerveja que fala sobre lúpulos, malte, água, cevada, gelada e refrescante ainda está a falar de si (a mensagem ainda é o produto) .. depois de passar uma publicidade como esta, o consumidor questiona: Já sabemos disso, agora qual é o seu propósito mesmo? porque existes tu?

A missão (não generalizada) e diferencial nos dias de hoje, é usar os produtos como veículos para passar mais do que instruções da sua composição ou funcionamento, mas, sim propósitos que melhoram o espaço onde este está inserido.

Popularizar o produto não é popularizar a marca

Johnnie Walker, Nike, Mercedes, Apple (iPhone), Coca-Cola e DSTV são marcas populares.

Soldado, Frozy/Fizzy, So Klin, Tecno, Startimes são produtos populares.

Uma marca popular, é a mais desejada na sua categoria (poucas vezes consumida), o seu posicionamento é criado para que ela possa ser consumida com base no valor que agrega ao consumidor, e não pelo preço. E isso faz com que esta seja adquirida por preferência.

Um produto popular, é o mais consumido, e o seu posicionamento é criado para que ele possa ser adquirido ao menor preço possível e com facilidade. E isso faz com que este seja adquirido por necessidade.

A verdade é o que diferencia as marcas

Nos dias actuais, quase qualquer marca pode anunciar, a mídia ficou mais acessível e somos todos tentados a colocar algo lá (o que interessa é estar lá).

No meio a toda essa corrida para postar, anunciar, falar bem do produto/serviço, posicionar-se ou apoiar, um elemento que diferencia as marcas é a verdade, nem todas as marcas conseguem cumprir a promessa diária que fazem.

Marcas verdadeiras, mesmo não sendo muito criativas, ganham mais visibilidade e diferencial, pois, mantém uma consistência do que falam e quando interagimos com as mesmas, conseguimos sentir a vibração que vendem.

O digital precisa de desautomatização

A automatização de processos de produção e gestão de conteúdos para o digital, permitiu que profissionais desta área tivessem menos trabalho e muito tempo poupado. Os sistemas de gestão de conteúdos permitem desde a criação de textos, peças gráficas, agendamentos para publicação automática e relatórios diversos.

No entanto esta automatização (cheia de vantagens) fez com que o conteúdo e os canais fossem abordados de forma padronizada, o que impede-nos de explorar uma conexão com o público de uma determinada rede social de forma específica e envolvente (A generalização impede-nos de ver detalhes).

Quando fazemos a criação e gestão de forma manual é perceptível o quão cada rede tem seu tom e aura, quando nos conectamos a este tom conseguimos oferecer um conteúdo melhor. Estes elementos só são possíveis perceber estando dentro da rede e deixando de abordar a mesma como igual as outras (automatização).